Contexto da fase de grupos
Na quinta rodada da fase de grupos da Fortaleza, o clube gaúcho recebeu o Atlético Bucaramanga, da Colômbia, na Arena Castelão. Sob o comando do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda, a equipe entrou em campo como líder provisório, com 8 pontos conquistados em três partidas. O Rival Racing Club, da Argentina, seguia logo atrás com 7 pontos, enquanto o Bucaramanga carregava 6 e o Colo‑Colo, do Chile, permanecia com apenas 2.
O cenário da competição no Grupo E era, portanto, de alta tensão. Cada ponto valia ouro, pois as duas vagas para as oitavas de final ainda estavam em disputa entre quatro clubes que ainda podiam alcançar a classificação. A estratégia adotada por Vojvoda priorizava controle de bola e organização defensiva, enquanto Leonel Álvarez, técnico do Bucaramanga, apostava em pressão alta e contra‑ataques rápidos.
Em termos de histórico, Fortaleza havia vencido a primeira partida contra o mesmo adversário por 2 a 1, mas empatado em 0 a 0 contra o Racing Club, enquanto o Atlético mostrou força ao derrotar o Colo‑Colo fora de casa. Essa alternância de resultados deixava o grupo ainda imprevisível.

Desdobramentos para a última rodada
O confronto terminou em 0 a 0, mas a partida não foi falta de ação. O time brasileiro monopolizou a posse de bola, registrando 64 % de domínio, e chegou a 15 finalizações, embora nenhuma encontrasse o fundo da rede. O Bucaramanga, por sua vez, conseguiu apenas 4 chutes, evidenciando dificuldades para romper a defesa bem postada de Fortaleza.
Além dos números de ataque, o confronto evidenciou a supremacia territorial do clube anfitrião:
- Escanteios: 11 (Fortaleza) x 2 (Bucaramanga)
- Faltas cometidas: 7 (Fortaleza) x 12 (Bucaramanga)
- Passes acertados: 421 (Fortaleza) x 298 (Bucaramanga)
Esses indicadores reforçam que, apesar da falta de gols, Fortaleza impôs seu ritmo e quase garantiu a vitória. O empate, porém, mantém a pontuação oficial: Fortaleza com 8 pontos, Racing Club com 7, Bucaramanga com 6 e Colo‑Colo com 2.
Com a última rodada marcada para 29 de maio, o cenário se complica. O próximo desafio de Fortaleza será em Buenos Aires, contra o Racing Club, em um duelo direto que pode definir quem liderará o Grupo E. Já o Bucaramanga viajará ao Chile para enfrentar o Colo‑Colo, uma partida que ainda pode render pontos essenciais para os colombianos.
Se Racing vencer em casa, a disputa pelo topo pode mudar de forma drástica, empurrando Fortaleza para a segunda posição ou, em caso de empate, mantendo a liderança por critério de gols marcados. Por outro lado, uma derrota do Racing abriria caminho para que Fortaleza assegure a primeira colocação independentemente do resultado.
Para o Atlético Bucaramanga, a partida contra o Colo‑Colo é praticamente uma final de sobrevivência. Uma vitória daria ao time colombiano 9 pontos, forçando o Racing a precisar de um triunfo em Buenos Aires para ultrapassar a classificação. Caso o Bucaramanga perca, sua campanha termina com 6 pontos, deixando o grupo com Fortaleza e Racing garantidos nas oitavas.
O técnico Vojvoda, após o empate, ressaltou a necessidade de melhorar a eficácia ofensiva, apontando que a posse e a quantidade de chutes não foram suficientes. Já Álvarez destacou a resiliência de sua equipe, que, apesar das dificuldades, manteve a postura defensiva e ainda tem chance real de avançar.
Com o clima de expectativa crescente, torcedores de Fortaleza já começam a se organizar para a viagem a Buenos Aires, enquanto a imprensa esportiva analisa os possíveis cenários. O que está claro é que a última rodada será decisiva e que o Grupo E ainda guarda surpresas até o apito final.