Quando Débora Bloch, atriz da Globo assumiu o papel da vilã Odete Roitman no remake de Vale TudoCopacabana Palace, o suspense que pairava sobre a novela há mais de três décadas voltou com força total.
Contexto da novela e a lenda de Odete Roitman
Desde a primeira transmissão, entre 1988 e 1989, Odete se tornou sinônimo de poder e crueldade. Interpretada por Beatriz Segall, a empresária implacável acabou morrendo de modo inesperado, revelado em 6 de janeiro de 1989 como um tiro disparado por engano por Leila (Cássia Kis). A frase "Quem matou Odete Roitman?" entrou no imaginário popular, inspirando memes, debates e até pesquisas acadêmicas sobre narrativa televisiva.
O sucesso da trama original abriu caminho para discussões sobre corrupção, ambição e, claro, drama familiar. Hoje, a versão de 2025 traz à tona as mesmas emoções, mas com uma camada extra de modernidade: idade, racismo e alcoolismo são tratados de forma mais crua, refletindo o Brasil contemporâneo.
O remake de Vale Tudo e a estratégia dos dez finais
A Manuela Dias, autora da nova adaptação, revelou ao Fantástico que a produção gravou dez finais diferentes. "A gente gravou, no fundo, 10 finais, né? Porque gravamos com os cinco suspeitos matando e não matando. Até esse momento nem os atores têm certeza", explicou a roteirista, que manteve o segredo junto do diretor Paulinho Silvestrini. Essa tática virou ponto de cobrança nas redes: "Não vai ter spoiler, vai ter mistério!", comentavam fãs.
Por que dez? A ideia era simples: impedir vazamentos e criar um efeito de surpresa digno das grandes novelas dos anos 80. Cada final incluía variações de cena, mudança de iluminação e, às vezes, até um ator de apoio diferente segurando a arma. O resultado é um clima de tensão que lembra os clássicos "whodunit" de Hollywood, mas com tempero tropiano.
Os cinco suspeitos e a trama que prende o público
Os principais nomes que circulam como possíveis assassinos são:
- Alexandre Nero como Marco Aurélio – o poderoso empresário que pode estar escondendo dívidas gigantes.
- Bella Campos como Maria de Fátima – a filha rebelde que herdou o ódio da mãe.
- Cauã Reymond como César – o guarda-costas com um passado obscuro.
- Malu Galli como Celina – a executiva que perderá tudo se Odete ficar viva.
- Paolla Oliveira como Heleninha – a socialite que tem segredos sujos envolvendo o hotel.
Na segunda-feira, 6 de outubro de 2025, Odete recebeu uma visita misteriosa em seu quarto no Copacabana Palace. A cena foi filmada com luzes baixas, o som de um relógio de parede marcando cada segundo que passava. Na manhã seguinte, dia 7, seu corpo foi encontrado, e a notícia se espalhou como fogo em palha seca. Cada personagem foi interrogado nos bastidores, mas nenhum deles sabe ao certo quem puxou o gatilho – nem os próprios atores.

Repercussão nas redes e impacto social
O caos digital começou imediatamente. No Twitter, o trending #QuemMatouOdete reuniu mais de 500 mil tweets em poucas horas. Usuários criaram teorias baseadas em pequenos detalhes: um copo de água meio vazio na mesa de César, o relógio parado às 22h13 na cena da morte, até a cor da gravata de Marco Aurélio. Memes com imagens de Odete segurando um guarda-chuva duplo dominaram o Instagram, enquanto o TikTok explodiu com vídeos reenactados por fãs.
Além do entretenimento, o drama trouxe consequências reais. A história paralela entre Lucimar e Vasco – um casal que luta pela regularização de paternidade – gerou um aumento de 300% nas solicitações de reconhecimento de paternidade no Ministério Público. O motivo? O público se identificou com a luta de Lucimar por justiça, percebendo que a novela pode abrir espaço para discussões jurídicas importantes.
O que esperar nos próximos capítulos
Com o cadáver já exposto, a trama segue rumo ao clímax. Analistas de TV apontam que a revelação do assassino pode acontecer ainda nesta semana, talvez em um episódio ao vivo que envolverá votação do público. "A Globo quer que a audiência participe do mistério, como nos jogos de escape room", comenta Júlio César, crítico de audiovisual.
Se tudo correr como planejado, o desfecho será tão impactante quanto a primeira versão, mas com um toque de modernidade: a identidade do assassino será revelada em meio a um debate sobre poder, privilégio e a própria natureza da vilania. E, claro, a pergunta "Quem matou Odete Roitman?" continuará a ecoar nos corredores das casas brasileiras por semanas, talvez até meses.

Fatos chave
- Data da transmissão da morte de Odete: 6 de outubro de 2025.
- Local do crime fictício: quarto da Copacabana Palace, Rio de Janeiro.
- Autor da novela: Manuela Dias.
- Diretor: Paulinho Silvestrini.
- Cinco suspeitos principais: Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira).
Perguntas Frequentes
Por que a Globo gravou dez finais diferentes?
A produção buscou evitar vazamentos e manter o suspense até a última hora. Cada final apresentava variações de culpado ou inocência, garantindo que nenhum vazamento antecipasse o desfecho oficial.
Qual tem sido a reação do público nas redes sociais?
O hashtag #QuemMatouOdete viralizou, ultrapassando meio milhão de publicações em poucas horas. Usuários criaram teorias, memes e vídeos reenactados, transformando a trama em um fenômeno de tendência nacional.
Como a novela está impactando a sociedade fora da tela?
A história de Lucimar e Vasco, que aborda a regularização de paternidade, provocou um aumento de 300% nas solicitações de reconhecimento de paternidade no Ministério Público, demonstrando a influência da trama nas questões jurídicas reais.
Quando será revelado quem realmente matou Odete?
Os roteiristas prometem a revelação até o final da semana, possivelmente em um episódio ao vivo que pode incluir participação do público por meio de votação online.
Qual a diferença entre o final da versão de 1988 e o remake de 2025?
Na versão original, a morte foi um acidente causado por Leila. No remake, cinco suspeitos são apresentados e a decisão final será determinada por uma trama mais complexa, refletindo temáticas atuais como racismo e alcoolismo.
Lucas Santos
outubro 6, 2025 AT 20:05A estratégia de gravar dez finais diferentes demonstra uma preocupação clara da produção em preservar o suspense, evitando vazamentos prematuros que poderiam comprometer a narrativa. Tal medida, embora custosa, alinha‑se com as práticas de controle de qualidade vigentes em grandes produções televisivas contemporâneas. Além disso, a multiplicidade de versões garante que o público permaneça engajado, alimentando discussões nas redes sociais que, por sua vez, ampliam a divulgação orgânica da novela. O fato de os próprios atores não saberem qual será o desfecho final acrescenta uma camada extra de autenticidade à performance, reforçando a tensão dramática on‑screen. Em termos de logística, coordenar dez conclusões distintas implica um planejamento meticuloso e um orçamento considerável, indicando que a emissora está disposta a investir recursos significativos para garantir o sucesso da trama. 😊