Pré-jogo: desafios e expectativas
Na noite de 8 de agosto de 2025, o Estádio Couto Pereira se tornou o palco de um dos duelos mais esperados da 21ª rodada da Série B. Coritiba x Chapecoense prometia não apenas entretenimento, mas também consequências diretas na briga pelo G4, a zona que garante o acesso à elite.
O Coritiba entrava em campo como vice-líder, com 38 pontos, emparelhado com o Goiás, que ocupava o primeiro lugar. O último compromisso tricolor foi uma vitória apertada por 2 a 1 sobre o Vila Nova, partida que demonstrou a capacidade ofensiva de Mozart Santos, mas que também trouxe um revés disciplinar: o meio-campista Filipe Machado recebeu um cartão vermelho e ficou suspenso. A solução provável foi a entrada de Wallisson, veterano de Cruzeiro e América-MG, que tem experiência para ocupar a vaga com segurança.
Outra incógnita girava em torno da lateral esquerda. Zeca, titular na partida anterior, tinha sido poupado por dores nas costas, enquanto Bruno Melo, que chegou ao clube ainda este ano, ficou à margem por um problema muscular inesperado. A escolha do técnico poderia mudar a dinâmica defensiva e a saída de bola, fatores decisivos contra uma Chapecoense que tem se mostrado compacta.
Do outro lado, a Chapecoense chegou com 33 pontos, ocupando a quarta posição e, portanto, a primeira vaga do G4. Gilmar Dal Pozzo vinha de uma vitória eletrizante por 3 a 2 sobre o CRB, partida que ampliou sua sequência invicta para seis jogos. O time catarinense tem reforçado o ataque nas últimas rodadas, com destaque para o atacante Gilberto, que já marcou três gols nas últimas cinco partidas, e para o meio-campo criativo de Lucas da Silva, responsável por quase metade dos passes que avançam para a área adversária.
O cenário tático prometia um confronto entre o estilo mais ofensivo do Coritiba, que costuma pressionar alto, e a estratégia da Chapecoense, que prioriza a solidez defensiva e os contra-ataques rápidos. Ambas as equipes apresentavam elencos sem grandes lesões, mas com dúvidas pontuais que poderiam influenciar a escalação final.
Os torcedores corintianos foram avisados para chegar cedo, já que os portões abriram às 19:35. A regularização do acesso passou a ser feita via aplicativo COXA ID, com biometria facial obrigatória, medida que tem reduzido filas e agilizado a entrada de sócios e compradores de ingressos online.

Pós-jogo: resultado e implicações
O apito inicial trouxe um ritmo intenso, com o Coritiba dominando a posse e criando as primeiras chances. O momento mais perigoso veio aos 12 minutos, quando Dallatorre recebeu na área e disparou forte. O goleiro da Chapecoense, Léo Vieira, fez uma defesa reflexa que garantiu o placar zerado. Cerca de 20 minutos depois, Josué tentou um chute de fora da área, mas a bola estourou na trave, quase abrindo o placar para o time da casa.
Apesar da pressão catarinense no segundo tempo, ambas as equipes apresentaram poucas oportunidades claras. A defesa da Chapecoense se manteve firme, com destaque para o zagueiro Rafael Santos, que cortou passes cruciais. No meio-campo, o time de Gilmar conseguiu segurar a linha de marcação, reduzindo as investidas corintianas.
O resultado final, 0 a 0, trouxe consequências imediatas na tabela. O Coritiba subiu para a liderança, atingindo 39 pontos e colocando pressão sobre o Goiás, que agora precisa reagir nas próximas rodadas. A Chapecoense, por sua vez, manteve a invencibilidade em sete jogos, consolidando a quarta posição com 34 pontos e garantindo ainda um lugar confortável na zona de promoção.
Além do aspecto pontual, o empate evidencia a importância das ausências. Filipe Machado, que ficou de fora, não influenciou negativamente o resultado, mas a falta de um volante com maior capacidade defensiva pode ter limitado a transição rápida de ataque. Da mesma forma, a indecisão no lateral esquerdo do Coritiba não foi decisiva, mas uma escolha mais segura poderia ter evitado a falta de largura nas jogadas laterais.
Para a Chapecoense, o ponto fora de casa reforça a confiança da equipe. O treinador Gilmar tem reforçado a disciplina tática e a organização defensiva, fatores que têm sido fundamentais para a sequência invicta. A perspectiva é manter o ritmo nos próximos jogos, buscando transformar a série de empates em vitórias que elevem ainda mais a posição na tabela.
Nos dias que se seguem, o foco dos dois clubes será analisar os detalhes do duelo e ajustar os elencos. O Coritiba procura retomar a ofensividade que lhe permitiu alcançar a liderança, enquanto a Chapecoense busca transformar o bom momento defensivo em gols decisivos. A Série B segue acirrada, e cada ponto continua sendo disputado com intensidade, prometendo ainda muitas emoções até o fim da temporada.