Copa Libertadores 2025: quartas de final definidas, datas, estádios e raio-x dos duelos

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Copa Libertadores 2025: quartas de final definidas, datas, estádios e raio-x dos duelos

Três brasileiros, quatro argentinos e um equatoriano. A fase de quartas está montada com clássicos continentais, viagem à altitude de Quito e dois cruzamentos pesados entre Brasil e Argentina. A Copa Libertadores 2025 entra no trecho mais cruel do calendário e promete duas semanas de estádios cheios, detalhes táticos no limite e margem de erro mínima.

A chave foi definida após oitavas intensas e sem espaço para zebra — com exceção do tombo brasileiro em Quito. Vale lembrar: a Conmebol aboliu o gol fora de casa, então, em caso de empate no agregado, a decisão vai direto aos pênaltis nas quartas e semifinais. A final é jogo único em Lima, com prorrogação se necessário.

Quartas definidas: confrontos, datas e caminhos

Quem chega e como chegou: o Vélez Sarsfield carimbou a vaga ao vencer o Fortaleza por 2 a 0 no José Amalfitani; o Racing superou o Peñarol; o São Paulo passou pelo Atlético Nacional; o Estudiantes eliminou o Cerro Porteño; o Flamengo avançou diante do Internacional; a LDU derrubou o Botafogo em resultado que pesou no chaveamento; o Palmeiras controlou o Universitario; e o River Plate superou o Libertad.

Os duelos das quartas foram definidos assim:

  • São Paulo x LDU
  • River Plate x Palmeiras
  • Vélez Sarsfield x Racing
  • Estudiantes x Flamengo

Datas, horários e sedes dos jogos de ida:

  • 16/09 (19h30): Vélez Sarsfield x Racing — Estádio José Amalfitani, Buenos Aires (capacidade aprox. 49 mil)
  • 17/09 (21h30): River Plate x Palmeiras — Monumental de Núñez, Buenos Aires (aprox. 84 mil)
  • 18/09 (19h00): LDU x São Paulo — Casa Blanca, Quito (aprox. 41 mil; altitude ~2.850 m)
  • 18/09 (21h30): Flamengo x Estudiantes — Maracanã, Rio de Janeiro (aprox. 78 mil)

Jogos de volta:

  • 23/09: Racing x Vélez Sarsfield — Presidente Perón (El Cilindro), Avellaneda (aprox. 50 mil)
  • 24/09: Palmeiras x River Plate — Allianz Parque, São Paulo (aprox. 43 mil)
  • 25/09: São Paulo x LDU — MorumBis, São Paulo (aprox. 66 mil)
  • 25/09: Estudiantes x Flamengo — Jorge Luis Hirschi (UNO), La Plata (aprox. 30 mil)

Quem avançar disputa as semifinais nas semanas de 22 e 29 de outubro, seguindo a ordem da chave divulgada no sorteio das oitavas. A decisão está marcada para 29 de novembro, no Monumental de Lima, no Peru — jogo único, atmosfera de final continental e promessa de casa cheia.

Raio-x dos duelos e o que pode decidir

Raio-x dos duelos e o que pode decidir

Vélez Sarsfield x Racing — duelo argentino de alta voltagem que já garante um representante do país na semifinal. O Vélez chega turbinado pela vitória segura sobre o Fortaleza em casa e pela força do Amalfitani, onde a equipe costuma acelerar a pressão pós-perda e lota a área em bolas paradas. O Racing tem volume de jogo e posse qualificada, mas precisa cuidar das transições defensivas, especialmente fora de casa. O detalhe aqui é o jogo de volta em Avellaneda, geralmente com ambiente elétrico e ritmo alto do primeiro ao último minuto.

River Plate x Palmeiras — clássico recente da elite sul-americana. O River, com quatro títulos continentais, transforma o Monumental num caldeirão e costuma impor intensidade com pressão alta e amplitude pelos lados. O Palmeiras, tricampeão, lida bem com mata-mata: equipe compacta, defesa que concede pouco e muita leitura de momento para acelerar contra-ataques. É confronto de xadrez: a bola parada dos brasileiros (escanteios e faltas laterais) contra a circulação paciente dos argentinos. O Allianz Parque, fechado e barulhento, vira fator no segundo jogo, quando cada interceptação ou rebatida pesa como meio gol.

São Paulo x LDU — a altitude de Quito muda o jogo. A LDU, campeã continental em 2008, costuma crescer em casa: passes curtos, ritmo controlado e chutes de média distância tirando proveito do ar rarefeito. O São Paulo, tricampeão, leva vantagem técnica na linha de passe e na qualidade individual, mas precisa administrar a ida — intensidade dos primeiros 20 minutos e gestão de energia são pontos-chave para voltar com o placar vivo ao MorumBis. No Brasil, a equipe tende a empurrar o rival com amplitude pelos lados e triangulações curtas na entrada da área.

Flamengo x Estudiantes — choque de camisas pesadas e histórias copeiras. O Flamengo (três títulos) chega com elenco profundo e talento para decidir em noite grande no Maracanã. O Estudiantes (quatro títulos) é competitivo por natureza: defesa agressiva, leitura de segunda bola e confiança em jogos grandes. O primeiro capítulo no Rio pode ditar o tom: se o Flamengo abre vantagem, leva para La Plata um cenário de controle; se o Estudiantes equilibra as ações e leva a disputa viva para o UNO, a bola aérea e as inversões rápidas viram armas centrais.

Calendário e logística — o recorte entre 16 e 25 de setembro aperta a preparação. Viagens longas como Rio–La Plata e, principalmente, São Paulo–Quito exigem planejamento de recuperação (hidratração, oxigenação e treino leve pós-voo). A distância Buenos Aires–São Paulo, que se repetirá duas vezes no cruzamento River x Palmeiras, cobra do elenco profundidade de banco para gerenciar minutos entre torneios nacionais e a Libertadores. Quem conseguir manter intensidade sem perder coordenação defensiva leva clara vantagem.

Ambiente e estádios — os palcos ajudam a explicar o tamanho das quartas. O Monumental de Núñez, recém-modernizado, empurra o River com pressão sonora ininterrupta. O Maracanã, em jogo noturno, costuma acelerar a equipe da casa e encurralar o rival. O Allianz Parque, com grama sintética e acústica fechada, aumenta a velocidade da bola e dificulta a marcação adversária. Em Quito, o Casa Blanca é o grande equalizador: além da altitude, a leitura de tempo de bola e a reposição de fôlego fazem diferença lance a lance.

Gestão de risco — quartas de final são, por natureza, jogos de detalhe. Quem proteger melhor a área em cruzamentos rasteiros, quem perder menos duelos em segunda bola e quem lidar melhor com o relógio nos minutos finais tende a avançar. Substituições cirúrgicas perto dos 70 minutos mudam rota de confronto; manter equilíbrio entre agressividade e controle emocional evita cartões que custam caro no jogo de volta.

Regulamento em foco — sem gol qualificado, cada partida vira capítulo de uma mesma história. Empate no agregado leva direto aos pênaltis nas quartas e semifinais. O uso do VAR segue integral, com checagens para lances de gol, pênalti, cartão vermelho e identificação. Na final única em Lima, há prorrogação antes dos pênaltis, o que traz outra camada de estratégia para técnicos e preparadores físicos.

Olho na semifinal e na final — com um argentino garantido do lado de Vélez x Racing, e dois cruzamentos Brasil x Argentina no caminho, a tendência é de semifinal com peso de decisão antecipada. No outro lado, LDU e São Paulo jogam por uma vaga que pode encontrar o vencedor de Estudiantes x Flamengo em um duelo de tradição. A final no Monumental de Lima, estádio de grande capacidade e atmosfera de Copa, premia quem atravessar setembro e outubro com perna, cabeça e serenidade.