Vinícius Júnior decide não renovar com o Real Madrid por atrito com Xabi Alonso

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Vinícius Júnior decide não renovar com o Real Madrid por atrito com Xabi Alonso

O Vinícius Júnior Rodrigues, de 24 anos, já disse claramente ao Real Madrid Club de Fútbol: não vai assinar um novo contrato. A decisão, confirmada em reunião com o presidente Florentino Pérez García no final de outubro de 2024, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, não é sobre dinheiro — embora ele também queira mais. É sobre respeito. E sobre a relação insustentável com o técnico Xabi Alonso Imán. O jogador, que assinou seu atual vínculo em 2022 com salário líquido de €18 milhões por ano, recusou uma proposta de aumento para €20 milhões. Pediu €30 milhões — não só por valor, mas como sinal de que ainda é essencial. E não vai ceder. Vinícius Júnior não está em crise. Está em rebeldia silenciosa.

A quebra do pacto de confiança

Nada disso aconteceu de repente. As negociações de renovação começaram em janeiro de 2024. Em março, o clube ofereceu um aumento modesto. Em maio, Vinícius, por meio de seus representantes, apresentou um pacote que incluía salário fixo, bônus por gols e assistências, e um prêmio único de renovação — um pacote comparável ao que Cristiano Ronaldo tinha antes de ir para a Juventus. O Real Madrid recusou. Em julho, o clima já estava pesado. Em agosto, o técnico Xabi Alonso, recém-chegado após substituir Carlo Ancelotti, começou a questionar publicamente a consistência do atacante. E em setembro, tudo explodiu.

Na estreia do Real Madrid na UEFA Champions League 2024-2025Estádio Santiago Bernabéu, contra o Olympique de Marseille, Alonso deixou Vinícius no banco. Rodrygo, outro brasileiro, começou como titular. Vinícius entrou aos 17 minutos do segundo tempo — e foi ele quem criou a jogada que levou ao pênalti convertido por Kylian Mbappé. Vitória por 2 a 1. Mas a mensagem foi clara: você não é mais intocável. O jornal Marca caprichou na manchete: "O fim da imunidade".

Um jogador que não joga completo

Desde então, Vinícius Júnior foi titular nos três jogos seguintes da LaLiga, mas nunca completou 90 minutos. Sempre substituído antes do fim — às vezes aos 78, outras aos 82. Nenhum jogo inteiro. Em dois deles, ele foi substituído por Rodrygo. O clube insiste que é “gestão de minutos”, mas os torcedores sabem: é punição. E ele sabe disso. As fontes anônimas que conversaram com o jornalista Mario Cortegana do The Athletic dizem que Vinícius já avisou: "Não assino mais nada enquanto Xabi estiver aqui". Ele não quer ir embora. Mas não quer ficar sendo tratado como um substituto.

Arábia Saudita e o fantasma da saída

Enquanto isso, o Public Investment Fund (PIF), o fundo soberano da Arábia Saudita comandado pelo príncipe Mohammed bin Salman, já fez sondagens. As propostas, segundo insiders, são "estratosféricas" — algo em torno de €40 milhões líquidos por ano, mais participação em negócios e investimentos no Reino. O jogador não fechou nada. Mas não rejeitou. E isso assusta o Real Madrid. Porque Vinícius não é só um jogador. É um símbolo. Um ícone da nova geração. Um embaixador global. Perdê-lo agora, com contrato ainda válido até junho de 2027, seria um golpe de estado interno.

Um clube em estado de alerta

O Real Madrid nunca enfrentou isso antes. Nunca um jogador tão central, tão querido, tão vital, chegou a esse ponto de ruptura. Não foi por falta de dinheiro. Não foi por falta de títulos. Foi por falta de reconhecimento. Xabi Alonso, ex-jogador do clube, quer disciplina tática. Mas parece não entender que Vinícius não é um robô. É um artista. E artistas não respondem bem a controle rígido. O presidente Florentino Pérez, que já lidou com Messi, Ronaldo, Neymar e Mbappé, agora enfrenta um desafio diferente: convencer um jovem de 24 anos de que ele ainda é amado — mesmo quando não está no onze inicial.

O que vem a seguir?

O clube não vai vender. Não agora. Mas não vai ceder também. A estratégia é esperar. Acreditar que, com boas vitórias — e talvez uma mudança na postura de Alonso —, o jogador pode recuar. Mas os sinais são ruins. Vinícius já não fala com a imprensa. Não posta nas redes. Não aparece em eventos do clube. E, nos treinos, parece distante. Se a situação não mudar até janeiro, o mercado de inverno pode virar o jogo. E o Real Madrid, pela primeira vez em décadas, pode ver seu ídolo se despedir sem troféus, sem aplausos, sem um adeus digno.

Por que isso importa para o futebol?

Isso não é só sobre um jogador e um técnico. É sobre o futuro do futebol moderno. Jogadores hoje não aceitam mais serem tratados como peças. Querem ser ouvidos. Respeitados. E quando sentem que seu valor é ignorado — mesmo que sejam os melhores do mundo —, eles agem. Vinícius Júnior está mandando um recado para todos os clubes: você pode pagar milhões, mas não pode comprar lealdade. E se você não valorizar o que você tem, alguém vai oferecer mais.

Frequently Asked Questions

Por que Vinícius Júnior recusou o aumento de €20 milhões oferecido pelo Real Madrid?

O aumento de €20 milhões líquidos por ano não era o problema principal. Vinícius queria um pacote de €30 milhões, com bônus estruturados e um prêmio de renovação único, equivalente ao que Cristiano Ronaldo recebia. Mas mais do que o valor, ele queria um sinal de que ainda é indispensável. O clube recusou, e isso foi interpretado como falta de reconhecimento — não apenas financeiro, mas emocional.

O que mudou após a partida contra o Olympique de Marseille?

A decisão de Xabi Alonso de deixar Vinícius no banco na estreia da Champions, mesmo após ele ser titular em todos os jogos anteriores, foi o ponto de não retorno. Ainda que tenha entrado e ajudado a virar o jogo, o gesto foi visto como humilhação pública. Desde então, ele nunca completou 90 minutos, mesmo sendo titular. Isso confirmou o que ele já suspeitava: não é mais considerado peça central.

O PIF da Arábia Saudita realmente pode levar Vinícius Júnior?

Sim, tecnicamente. O PIF já demonstrou interesse com propostas de até €40 milhões líquidos por ano, além de incentivos fora do campo, como participação em negócios e investimentos. O clube saudita tem recursos ilimitados e não tem restrições salariais. Mas Vinícius ainda não aceitou. Ele prefere ficar na Europa — mas só se for tratado como rei. Caso contrário, a Arábia Saudita é a saída mais viável.

Xabi Alonso tem alguma chance de reverter a situação?

Só se mudar de postura. Até agora, ele priorizou disciplina tática acima da individualidade. Mas Vinícius é um jogador que vive da intuição, da improvisação. Se Alonso não o deixar jogar livremente — e não demonstrar abertura ao diálogo —, qualquer vitória será vazia. O técnico precisa entender: não se controla um ícone. Se o quer, precisa inspirá-lo.

O que acontece se Vinícius não renovar e sair em 2027?

O Real Madrid perderá não só um jogador, mas um símbolo. Ele é o rosto da nova geração, o embaixador global do clube no Instagram, no TikTok, nas ruas do Rio e de São Paulo. Sem ele, a identidade do clube muda. Além disso, a venda de camisetas, patrocínios e merchandising sofrerão queda significativa. E o clube terá que recomeçar do zero com um novo ídolo — algo que não faz desde a saída de Ronaldo, em 2009.

Existe precedente de um jogador tão importante deixando o Real Madrid por desentendimento com o técnico?

Não. Pelo menos não nos últimos 40 anos. Zidane, Ronaldo, Figo, Raúl — todos deixaram por vontade própria, por idade, ou por propostas financeiras. Nenhum foi forçado a sair por conflito com o treinador. Vinícius é o primeiro caso moderno de um jogador de elite que prefere arriscar o futuro por causa da dignidade. É um marco na relação entre clubes e atletas.