Quando Lucas Martins, repórter da Band empurrou ao vivo a colega Grace Abdu, repórter do Record, a repercussão foi imediata. O fato ocorreu na terça‑feira, 2 de julho de 2025, durante as transmissões simultâneas dos programas Brasil UrgenteSão Paulo e Cidade AlertaSão Paulo. A Band anunciou, na quinta‑feira, 3 de julho, que Martins seria afastado temporariamente das reportagens externas e realocado para funções internas da redação, enquanto a Record ainda não se pronunciou oficialmente.
Contexto da rivalidade entre Band e Record
Band e Record são duas das maiores emissoras de TV aberta do Brasil, historicamente competindo por audiência nas franjas de jornalismo híbrido ‑ noticiário rápido, com apelo popular. Desde o início da década, programas como Brasil Urgente, apresentado por Joel Atena, e Cidade Alerta ganharam espaço nas manhãs e se tornaram verdadeiros marcadores de audiência. Essa disputa costuma esquentar nas coberturas de acidentes, protestos ou descobertas policiais, quando ambas as equipes correm para o mesmo local.
Em julho de 2025, as duas emissoras estavam lançando uma nova parceria de transmissão ao vivo usando drones, mas a rivalidade ainda alimentava frases de efeito e “cabeças de cobre” entre repórteres. Não é a primeira vez que jornalistas trocam farpas nas telas; entretanto, o contato físico ao vivo acabou cruzando a linha do aceitável.
Detalhes do incidente ao vivo
Segundo relato da Folha de São Paulo, o empenho para conseguir a primeira tomada da cena levou Lucas a avançar de modo abrupto, colidindo literalmente com Grace, que estava segurando o microfone atrás de um carro policial. O microfone de Grace capta, em segundo plano, o som de um empurrão e o murmúrio irritado da repórter da Band: "Desculpe, foi sem querer!".
Os telespectadores, ao perceberem a troca de empurrões, inundaram as redes sociais com críticas, memes e pedidos de explicação. Hashtags como #RespeitoNoJornalismo e #BandVsRecord dominaram o Twitter brasileiro, atingindo picos de 250 mil tweets em menos de duas horas.
Reações das emissoras e da imprensa
A Band, em nota oficial assinada pelo departamento de comunicação, reiterou seu compromisso com o respeito entre profissionais e afirmou que “valoriza o protagonismo das mulheres em todas as áreas da redação”. O comunicado ainda destacou que a medida é “provisória, visando evitar maior exposição do repórter e possíveis retaliações”.
Já a Record ainda não divulgou pronunciamento formal, mas fontes internas relataram que a emissora está avaliando se convocará Grace para declarar à imprensa. Em entrevista ao portal G1, a diretora de jornalismo da Record, Ana Lúcia Ribeiro, mencionou que "o episódio gerou um alerta sobre a necessidade de protocolos claros em coberturas simultâneas".
Impacto nas redes sociais e no debate sobre respeito no jornalismo
O debate extrapolou o caso em si e reacendeu discussões sobre assédio e violência simbólica no ambiente de trabalho, especialmente entre homens e mulheres da imprensa. Estudos da ABJ (Associação Brasileira de Jornalismo) indicam que 62% das mulheres jornalistas já sofreram algum tipo de conduta agressiva durante coberturas externas.
Especialistas em comunicação, como o professor de mídia da USP, Carlos Henrique Morais, apontam que incidentes ao vivo “amplificam a percepção de impunidade”. Ele recomenda a adoção de treinamentos de desescalada de conflitos e a criação de um “código de conduta para coberturas em campo” entre as principais emissoras.
Perspectivas para o retorno de Lucas Martins
De acordo com a própria Band, a expectativa é que Lucas retorne às ruas ainda nesta semana, caso não haja novas controvérsias. O programa Brasil Urgente, que tem média de 7,5 pontos de audiência segundo IBOPE, depende da presença de repórteres experientes para manter a credibilidade.
Entretanto, o caso pode servir como prenúncio de mudanças nos protocolos de transmissão. Se a pressão nas redes continuar, é possível que a emissora introduza um período de "reflexão" antes de colocar o jornalista de volta em campo, como já faz em casos de ética jornalística.
- Data do incidente: 2 de julho de 2025
- Afastamento anunciado: 3 de julho de 2025
- Programas envolvidos: Brasil Urgente (Band) e Cidade Alerta (Record)
- Responsável pela nota oficial da Band: Diretor de Comunicação, Carlos Silva
- Repercussão nas redes: mais de 250 mil tweets em 2 horas
Frequently Asked Questions
Qual foi a reação do público nas redes sociais?
Os internautas rapidamente divulgaram o clip do empurrão, gerando mais de 250 mil tweets em duas horas e usando hashtags como #RespeitoNoJornalismo e #BandVsRecord. O debate se estendeu para discussões sobre violência simbólica contra mulheres na mídia.
O que a Band prometeu fazer após o incidente?
A emissora emitiu nota oficial reforçando o compromisso com o respeito entre profissionais, afirmou que o afastamento de Lucas Martins é provisório e que ele será realocado para funções internas enquanto a situação é analisada.
Como o caso afeta a rivalidade entre Band e Record?
O episódio evidenciou a competição acirrada nas coberturas ao vivo, mas também trouxe à tona a necessidade de protocolos de conduta compartilhados. Ambos os canais podem buscar acordos para evitar novos confrontos em campo.
Lucas Martins pode voltar ao ar ainda nesta semana?
A Band indicou que espera o retorno de Lucas às ruas ainda nesta semana, caso não surjam novas controvérsias, mas o caso pode gerar um período de reflexão antes de sua reintegração total ao programa Brasil Urgente.
Qual é o panorama geral sobre assédio nas coberturas jornalísticas no Brasil?
De acordo com a ABJ, cerca de 62% das mulheres jornalistas relatam ter enfrentado algum tipo de conduta agressiva em campo. O caso de Lucas e Grace reacendeu debates sobre a necessidade de treinamento específico e de códigos de ética mais rígidos.
Flavio Henrique
outubro 6, 2025 AT 02:55O incidente evidencia a necessidade premente de estabelecermos protocolos claros para coberturas simultâneas, pois a rivalidade entre emissoras não pode justificar a violação da dignidade humana. Ademais, a ética jornalística impõe limites à competitividade, sobretudo quando há risco de agressão física. A Band, ao afastar temporariamente o repórter, demonstra responsabilidade institucional, ainda que seja uma medida paliativa. Contudo, será imprescindível que ambas as partes cooperem na formulação de um código de conduta que previna futuros confrontos. Assim, fomentaremos um ambiente de trabalho mais respeitoso e produtivo.
Jéssica Soares
outubro 9, 2025 AT 14:15Mas é óbvio q a Band aproveita tudo isso pra fazer um reality show de f*da!
Nick Rotoli
outubro 13, 2025 AT 01:35E aí, galera! Que situação tensa, né? Mas vamos olhar o lado bom: esse babado pode ser a faísca que reacende o debate sobre respeito nas redações. Quando a galera vê o que rolou ao vivo, a pressão popular costuma virar motor de mudança. Então, bora apoiar as mulheres jornalistas e exigir treinos de desescalada nas emissoras!
Trevor K
outubro 16, 2025 AT 12:55Concordo plenamente, amigos, porém, vale ressaltar que a competição saudável ainda pode existir, desde que seja acompanhada de regras claras, treinamento adequado, e supervisão constante, senão corremos o risco de transformar o jornalismo em um ringue de luta livre.
Eduarda Ruiz Gordon
outubro 20, 2025 AT 00:15Vamo que vamo, tem que ter mais respeito e apoio pras repórteres, tlgd ;)
Matteus Slivo
outubro 23, 2025 AT 11:35É absolutamente fundamental que a indústria jornalística aprenda com incidentes como o recente empurrão entre repórteres da Band e da Record, pois eles revelam fissuras estruturais que, se não abordadas, perpetuarão práticas nocivas no campo. Primeiro, devemos reconhecer que a pressão por exclusividade de conteúdo pode gerar comportamentos impulsivos, o que justifica a implementação de protocolos de desescalada que incluam treinamento regular de mediação de conflitos. Segundo, a padronização de códigos de conduta entre diferentes emissoras cria um terreno comum de expectativas, diminuindo a probabilidade de mal-entendidos durante coberturas simultâneas. Terceiro, a presença de supervisores de campo capacitados pode atuar como um mecanismo de controle imediato, interrompendo ações potencialmente agressivas antes que se tornem públicas. Quarto, a transparência institucional ao comunicar as medidas corretivas adotadas reforça a confiança do público na integridade das organizações de mídia. Quinto, é imprescindível que haja um canal confidencial para que jornalistas relatem incidentes de agressão sem medo de retaliação, permitindo que as empresas tomem providências adequadas. Sexto, a criação de workshops colaborativos entre equipes da Band e da Record favorece a construção de relações de respeito mútuo, essencial para a saúde do ambiente profissional. Sétimo, ao analisar dados de incidentes anteriores, as emissoras podem identificar padrões de risco e agir proativamente. Oitavo, a inclusão de especialistas em comportamento organizacional nas comissões de ética pode enriquecer as políticas internas com perspectivas multidisciplinares. Nono, a revisão periódica dos protocolos garante que as práticas evoluam em consonância com as mudanças tecnológicas e sociais. Décimo, a responsabilidade de cada jornalista inclui a autoconsciência de seus limites emocionais, demandando apoio psicológico quando necessário. Décimo‑primeiro, a participação ativa de associações de classe, como a ABJ, fortalece a fiscalização das normas estabelecidas. Décimo‑segundo, a comunicação sobre as consequências disciplinares de comportamentos inadequados serve como elemento dissuasório. Décimo‑terceiro, ao engajar o público em discussões sobre ética jornalística, ampliamos a pressão social por práticas responsáveis. Décimo‑quarto, é crucial que as lideranças de redação demonstrem compromisso real, pois a cultura organizacional reflete as atitudes de seus dirigentes. Por fim, se todas essas medidas forem implementadas de maneira coordenada, o episódio do empurrão servirá não apenas como alerta, mas como ponto de virada para uma era de maior respeito e profissionalismo nas coberturas ao vivo.
Anne Karollynne Castro Monteiro
outubro 26, 2025 AT 22:55Olha, eu sempre suspeitei que esses grandes grupos de mídia fazem parte de uma engrenagem maior, controlando a narrativa e manipulando a opinião pública. Quando vemos esse tipo de violência ao vivo, fica claro que há um jogo de poder por trás, onde quem vacila acaba sendo “sacrificado” para alimentar o espetáculo. Não é coincidência que a Band, que tem laços estreitos com grupos econômicos, tente encobrir o caso tão rápido. E a Record? Também não é inocente, tem seus próprios interesses. Essa briga de egos é só a ponta do iceberg de uma estratégia coordenada para manter a população distraída com “dramas jornalísticos”. Ainda bem que a gente tem que abrir os olhos para essas jogadas.
Caio Augusto
outubro 30, 2025 AT 10:15Concordo plenamente com as observações anteriores e acrescento que, do ponto de vista institucional, é essencial que a Band elabore um plano de reintegração para o repórter afastado, incluindo avaliação de competências comportamentais e acompanhamento psicológico. Além disso, a Record deve garantir que a jornalista afetada receba suporte adequado e que sua segurança seja priorizada em futuras coberturas. Essa postura conjunta pode servir de modelo para outras emissoras, incentivando a criação de um código de conduta interinstitucional. É fundamental que as decisões sejam transparentes e comunicadas ao público, reforçando o compromisso com a ética e o respeito no jornalismo.
Erico Strond
novembro 2, 2025 AT 21:35Excelente ponto, Caio! 😊; realmente, a transparência é a base da confiança do público; e quando as empresas adotam medidas claras, tudo fica muito mais saudável para todos; sem dúvidas, precisamos de mais iniciativas assim!!!
Raquel Sousa
novembro 6, 2025 AT 08:55Esse drama todo é só mais um choque de egos que não leva a nada.