O Chelsea já entra em campo nesta decisiva partida das quartas de final da Conference League com uma tranquilidade rara em torcidas inglesas: a vantagem de 3 a 0 conquistada fora de casa na ida praticamente coloca o time na próxima fase da competição. Mesmo assim, ninguém parece disposto a relaxar, ainda mais porque a temporada da equipe está em ritmo intenso e o técnico Enzo Maresca aproveita para fazer rodízio e dar minutos a jovens promessas da base.
Entre as novidades da escalação provável, está o goleiro Filip Jörgensen, de exibições seguras quando acionado em copas nacionais, e o lateral Josh Acheampong, que representa a categoria sub-21 com personalidade. A linha defensiva deve ter ainda o francês Benoît Badiashile e o espanhol Marc Cucurella — este último vem sendo constantemente utilizado graças à sua polivalência. No meio-campo, Reece James e Kiernan Dewsbury-Hall devem ser os responsáveis por equilibrar experiência e intensidade, ajudando na saída de bola e protegendo a defesa sem abrir mão do ataque.
Na frente, Cole Palmer surge como um dos nomes mais interessantes do elenco nesta temporada, apoiado por Jadon Sancho e Christopher Nkunku, que segue recuperando ritmo após lesão. O centroavante será Nicolas Jackson, com sua velocidade e capacidade de pressionar a defesa adversária. Entre os reservas, destaque para dois jovens: Noni Madueke e Tyrique George, ambos fundamentais na construção do resultado positivo na ida.
O Legia Warsaw chega a Londres ciente de que apenas um milagre tira o Chelsea da semifinal. O time polonês amarga má fase em seu campeonato, tendo vencido só uma das últimas cinco partidas, e ainda enfrenta desfalques de peso: Bartosz Kapustka (rompimento do ligamento cruzado anterior) e Marc Gual (problema muscular na coxa) nem viajaram.
Diante desse cenário, o técnico Goncalo Feio investe em um sistema defensivo mais protegido, mas não abre mão de buscar gols cedo. No gol, Vladan Kovacevic substitui Kacper Tobiasz, enquanto a zaga traz o português Ruben Vinagre e Artur Kapuadi. Na frente, a esperança está nos pés do veterano Tomas Pekhart — quem acompanha a Championship inglesa lembra bem de sua passagem. Ele conta com o apoio do japonês Ryoya Morishita e do brasileiro Luquinhas, velocistas que tentam surpreender nas bolas longas.
O histórico não favorece os poloneses: nunca um clube do país venceu partidas em solo inglês. Do lado azul, o objetivo é manter a escrita e garantir classificação para enfrentar Rapid Wien ou Djurgården na semifinal.
Vale mencionar a convicção de Maresca ao dizer que nem com três gols de vantagem é permitido relaxar. O treinador italiano deixa claro que, embora o Chelsea tenha um elenco recheado de estrelas, a Conference League é prioridade neste momento da temporada e todos precisam provar seu valor, inclusive os garotos promovidos da base.
O duelo marca não só a busca pela vaga na semifinal, mas também uma vitrine para jovens talentos de Stamford Bridge deixarem sua marca em mais uma noite de futebol europeu.